A educação paraense encontra-se abandonada, a luta por parte dos alunos e professores ecoa em todo Estado do Pará.
Os professores e alunos da rede pública de ensino do Pará fizeram uma nova paralisação de 24 horas. Os educadores reivindicam a suspensão dos descontos indevidos dos dias parados durante a greve da categoria, que iniciou no dia 25 de março e os alunos reivindicam melhores estruturas e investimento na educação.
(Foto: Sintepp)
"Temos bons professores, eles querem trabalhar mas não tem como! Não temos ambiente pra isso, não temos salas adequadas. O governador pensa que educação é só professor?" Afirma a aluna Alanna Santos.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Beto Andrade, a greve acabou no dia 5 de junho, mas os descontos continuam nos contracheques. “Até agora o governador não explicou para a categoria a origem e o como se deu o cálculo desses descontos”, critica.
Os professores se concentraram em frente ao Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A programação incluiu a realização de ato público e a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado onde pediram a exoneração Helenilson Pontes.
O pedido foi atendido pelo governador Jatene ainda na tarde da quarta (23). Segundo informações Helenilson pediu pra sair, pois sua imagem politica estava sendo degastada e não aguentava mais tanta pressão.
Desde o fim da greve, os professores nunca foram recebidos pelo governador Simão Jatene. A maior consequência da falta de entendimento entre o governo e a categoria é o comprometimento do calendário escolar deste ano, que continua sem reposição das aulas. O Sintepp afirma que a suspensão dos descontos é condição para que a categoria negocie a reposição do conteúdo programático das escolas.
Além do fim dos descontos, os professores pretendem cobrar, durante a paralisação, mais estrutura física nas escolas que, segundo eles, estão sucateadas e sem condições de abrigar a comunidade estudantil. Há escolas que não tiveram a reforma concluída e em outras as obras nem foram iniciadas. “A realidade é que todo dia recebemos denúncias de professores e alunos sobre escolas sem ventilador, sem ar-condicionado ou mesmo sem energia elétrica, com janelas caindo ou o teto desabando”, disse Andrade.
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