segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Milhares de Cametaenses Fizeram o ENEM 2015

Milhares de cametaense fizeram a prova do ENEM 2015, era visível já pela manhã centenas de jovens chegando no porto da cidade, oriundos das vilas e ilhas. Do distrito do Juaba chegam ônibus cheios de jovens esperançosos e confiantes.



O Enem foi criado na gestão de Paulo Renato Souza frente ao Ministério da Educação, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Era servir como um modelo de avaliação anual do aprendizado dos alunos no Ensino Médio, auxiliando o governo na elaboração de políticas de melhoria na educação do País. O objetivo da prova, que na época continha apenas 63 questões (hoje são 180) um verdadeiro desgaste físico e emocional, e não pense que só são as quase 200 questões, ainda teve uma redação que este ano o MEC mais uma vez fugiu de embates políticos como corrupção, maioridade penal, crise energética, crise hídrica e outras temáticas também importantes. Não era de espantar que muitos alunos foram obrigados e forçados a responder questões marxista na prova como verdadeiras.

O tema da redação foi sobre violência contra mulher, um gancho da primeira questão que abordava o pensamento da filosofa feminista Simone de Beauvoir. 

Em Cametá ouvi até quem apostava nas redes sociais sobre a temática da crise hídrica e nas olimpíadas de 2015, mas foi o professor Geovan (Cursinho Intelectus) que acertou na mosca a temática deste ano. 

Os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) usou as redes sociais neste fim de semana para acusar o Exame Nacional do Ensino Médio de doutrinação. O motivo da reclamação foi uma questão da prova de ciências humanas, que abordou a célebre frase "Não se nasce mulher, torna-se mulher", da escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir. A questão abordava o tema das lutas feministas no início do século XX.

"Mais ou tão grave quanto a corrupção é a doutrinação imposta pelo PT junto a nossa juventude", afirmou Bolsonaro em seu perfil pessoal no Facebook, na noite deste sábado (24). "O João não nasceu homem e a Maria não nasceu mulher", ironizou ele.

"O sonho petista em querer nos transformar em idiotas materializa-se em várias questões do ENEM (Exame Nacional do Ensino MARXISTA)", completou o deputado.

"Essa frase da Filósofa Simone de Beauvoir é apenas opinião pessoal da autora, e me parece que a inserção desse texto, uma escolha adrede, ardilosa e discrepante do que se tem decidido sobre o que se deve ensinar aos nossos jovens", disse o deputado.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, rebateu os deputados em entrevista coletiva na noite deste domingo (25). Segundo o ministro, a escritora e filósofa teve "grande contribuição" sobre a condição da mulher na sociedade.
Sobre o tema da redação, que abordou a violência contra as mulheres, ele afirmou que é um assunto importante e que ainda está presente na sociedade brasileira. Ele disse ainda que achou o tema "excelente" para que os mais de sete milhões de participantes reflitam sobre isso. "Em relação ao tema da redação, é inquestionável. Somos uma sociedade em que ainda há muita violência contra a mulher", disse ele.

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