domingo, 17 de janeiro de 2016

Açaí gera econômia e cultura nas ilhas cametaenses



Nas ilhas de Cametá, os açaizeiros nativos soltam cachos bem gordos e lindos todo o ano, mas o período mais forte de produção ocorre depois de agosto. Nessa fase, o trabalho na mata mobiliza um milhares de ribeirinhos que vive deste extrativismo, que serve para fomentar a alimentação e economia regional.

Na frente do Juaba, distrito de Cametá, a família de seu José Antonio se dedica a coleta do vinho do Açaí, morador da Ilha Grande de Juaba, Seu Antonio costuma trabalhar no açaizal com ajuda dos filhos e genros. "Se não fosse o açaí as coisas estariam piores, pois somos pescadores mais o peixe sumiu, com a hidrelétrica de Tucuruí".

O açaí das ilhas é vendido nas feiras ou para os regateiros. Cada cesto com 13 quilos é comprado por um preço que varia de R$ 12 a R$ 15 no Juaba. O pagamento é feito na hora. Na última safra, a família se seu José vendeu pouco mais de 10 toneladas de açaí.

O palmito tem uma importância secundária para região, a cadeia produtiva dos frutos envolve uma engrenagem gigantesca. Segundo um levantamento do IBGE, os municípios do Baixo Tocantins produzem anualmente cerca de 450 mil toneladas de frutos. E quase tudo vem das ilhas.

O açaí é levado para lugares como o Porto de Carapajó, em Cametá, onde dezenas de trabalhadores vão descarregando os frutos e colocando tudo em caminhões refrigerados. A produção segue por terra para a grande Belém, o açaí tem uma imagem simpática no Brasil e no exterior.

Nas ilhas do Baixo Tocantins, a cadeia produtiva do açaí também engloba outra atividade importante: o artesanato de cestos que mantém viva a comunhão e a tradição indigena que resulta na construção de cestos conhecidos como paneiros.

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