quarta-feira, 25 de abril de 2018

PROFESSOR PRETENDE RESTABELECER A CULTURA E A HISTORICIDADE JUDAICA EM CAMETÁ.


A história de Cametá é muito rica, poucos conhecem o outro lado da história cametaense, o que temos é apenas uma visão narrada e escrita de um prisma português, mas essa pesquisa quer mostrar o que havia por de trás no primeiro momento da colonização portuguesa na região, quem eram esses colonizadores, qual era sua cultura e sua verdadeira fé.   

Segundo o professor Pedro Chaves o tempo esta apagando a história e a cultura judaica em Cametá, o professor quer recontar uma historia, partindo de uma nova visão, como uma historicidade cultural dos judeus na região, o pesquisador afirma que muitas famílias são descendentes de judeus em Cametá e região, mas nem sequer sabe sua origem e o que é ser judeus, como exemplo de uma família de sobrenome Cohen no rio Guajará, distrito de Porto Grande, que sabe que seus pais eram descendentes de judeus, mas o sincretismo religioso fez com que se perdesse sua inteira identidade cultural e religiosa, a pesquisa aponta que os primeiros portugueses que colonizaram as margens do rio Tocantins era “Cristão Novos” judeus convertidos a força pela coroa portuguesa, muitas famílias ao longo do tempo foi perdendo suas raízes. 

O professor juntamente com o Dr. Izaac Azancor, um médico da cidade elaboram um projeto para ser apresentado na câmara dos vereadores de Cametá para que o Museu de Cametá prepare uma parte na sua galeria para a apresentação da cultura e a importância judaica na formação sociocultural e histórica da cidade de Cametá, onde poucos há conhecem.

A pesquisa já enumerou dezenas de famílias que descendem de judeus, a pesquisa é dividida em duas ondas imigratórias: A primeira onda de imigrantes judeus na Amazônia se deu por Judeu português convertido ao cristianismo, conhecidos de “Cristão Novos” ou Serfadistas.  A Segunda onda de Judeus na região se deu na época da “Belle Époque” judeus marroquinos, que começaram a chegar ao Brasil em 1810, vindo principalmente do Marrocos, estabelecendo-se na Amazônia, principalmente em Belém, onde fundaram em 1824 a mais antiga sinagoga em funcionamento no Brasil e, em 1848, o primeiro cemitério israelita do país; e em Manaus, onde chegaram em 1880. Boa parte dos que chegaram no final do século vinham em função da época dourada da borracha, e sua vinda foi financiada pelos que já estavam na região. Cametá, no interior do Pará, chegou a ter metade de sua população branca constituída de sefarditas na época.

A pesquisa destaca algumas famílias como: Elgrably, Cohen, Chaves, Oliveira, Manesch, Azancor, Coelho, Coeli entre outros nomes em uma lista de dezenas de sobrenomes.


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