O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec) pode ter 80% de vagas a menos em 2015. O programa,
que ofereceu 600 mil bolsas em 2014, deve ter somente 80 mil neste ano.
A medida foi criticada pelo deputado federal Pedro Cunha Lima
(PSDB-PB). De acordo com o tucano, a redução no programa de acesso ao
ensino técnico demonstra que o governo federal age com foco errado em
seu objetivo de cortar custos.
“Em vez de agir de maneira mais intensa no combate à corrupção ou
mesmo de diminuir o tamanho da máquina pública extremamente inchada, o
governo corta justamente um programa que poderia trazer mais qualidade
de vida às pessoas”, afirmou Cunha Lima, para quem a população está mais
atenta e “não irá aceitar” esse tipo de decisão.
Na campanha eleitoral de 2014, Dilma Rousseff usou o Pronatec como
uma de suas principais vitrines. A petista chegou a sugerir o programa a
uma economista, com pós-graduação, que em um debate se queixou do
desemprego no País.
Além da redução no número de inscritos, há várias reclamações de
escolas técnicas em relação aos atrasos nos pagamentos feitos pelo
governo federal às instituições, inclusive, algumas escolas não
receberam nenhum pagamento nos últimos cinco meses.
Para Dilma Rousseff, que estreou no segundo mandato sob o manto do
slogan enganador “Pátria Educadora”, o corte de vagas no Pronatec é o
que se pode chamar de tiro no pé. Como sempre acontece em regimes
totalitaristas, a educação não passa de uma farsa para ludibriar a
opinião pública, pois aos autoritários sempre interessa a ignorância da
maioria da população.
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