(Imagem das redes sociais)
O assunto do protesto que houve em Cametá envolvendo uma
jovem e o ministro Helder Barbalho tem tomado grandes proporções gigantescas
ultimamente nas redes sociais. As mídias sociais estão repletas de revoltas
contra os políticos em geral e afirmações extremas sobre os mesmos, o ódio
contra a corrupção que afeta a população é mais do que aceitável, é necessário.
As páginas no facebook se vê pessoas que aplaudem e criticam o ato da jovem.
Quando a população se sente uma vítima inocente da corrupção
e descaso egoísta, e ignora sua colaboração direta para a proliferação dos
mesmos. Ninguém é inocente. E os políticos são um reflexo da sociedade que eles
representam. Ana Paula não representa Cametá, a jovem não representa a luta
contra a corrupção, ela não passa de uma jovem que acredita em uma ideologia
politica. Ela é mais uma militante de Lula e da CUT, seu protesto foi a favor
de seu grupo que não esta mais no poder, pois se ela fosse contra a corrupção
teria também protestado quando o PT faliu o Brasil.
Nada pode ser mais vazio e demagógico do que se colocar
fortemente contra algo… que ninguém é a favor! Como a corrupção. Até o PT,
PSDB, PMDB, PP, PRB, PTB, PSD, todos vão dizer que são contra a corrupção.
A jovem que protestou contra a corrupção em Cametá, jogando
um ovo no ministro Helder Barbalho, não protestou de fato contra a corrupção,
protestou pela sua ideologia, por seu partido que não está no poder, ela
acredita na inocência de Lula? O grupo que ela milita não está isento da
pratica de corrupção, pelo contrario o PT e a CUT estão envolvidos em escândalos
milionários.
Na prática, o que quer dizer ser contra a corrupção, afinal?
Existe algum grupo, partido, organização pró-corrupção? Que ações concretas
isso implica – além da pura retórica vazia?
Muitas pessoas que marcham contra a corrupção via de regra
são as mesmas que se dizem apolíticas e que fazem desabafos como:
"Sou apenas um
indivíduo livre, não tenho raça, não sou afiliado a partido, não tenho ideologia,
não me meto em política! Quero só ficar aqui quietinho no meu canto,
trabalhando duro, cuidando da minha família, viajando, curtindo meus livros,
sendo feliz! E quero que esses políticos corruptos parem de roubar,
claro!"
Filosoficamente não existe ninguém neutro, todos temos
influencias ideológicas, sempre tomaremos partido afirma o filosofo Olavo de
Carvalho.
A jovem que se acha revolucionaria não passa de uma jovem
idealista que acredita em uma ideologia, o que a o faz acreditar que essa
filosofia é a verdadeira.
Ideologia é o conjunto de ideias, saberes, preconceitos, etc,
que permite que as pessoas se relacionem com e façam sentido da realidade: são
as lentes através das quais percebemos o mundo. Por isso, não faz sentido falar
de ideologia como algo necessariamente ruim, ou oposto à "verdade".
Não existe verdade a-ideológica: qualquer verdade será sempre apreendida
através da ideologia de quem a vê.
A ideologia de se achar sem ideologia é uma das ideologias
mais disseminadas em nossa sociedade, especialmente entre as pessoas
bem-nascidas de inclinação conservadora, e serve de justificativa para todo
tipo de apatia, especialmente da supressão do diálogo político na arena
pública. Nesse caso, cometer a enorme redundância de marchar contra algo que
todo mundo é contra torna-se apenas mais um sintoma dessa apatia em estado
terminal.
Quando nos perguntamos o porquê de ser praticamente
impossível encontrar um candidato com a ficha limpa bem posicionado no Brasil,
dificilmente obtemos respostas. O problema em geral está na população.
Sabe aquele dinheiro que você colocou no bolso na época das
eleições, sabe aquela conversa que você teve com o politico pedindo emprego em
troca de voto não seria corrupção? E o gato de energia que muitos fazem não
seria roubo? Ninguém é inocente, somos uma sociedade corrompida, nós somos tão
corrupto e egoísta quanto os odiosos políticos que você acusa com tanto ardor.
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