terça-feira, 24 de outubro de 2017

JOVEM QUE PROTESTOU EM CAMETÁ É CONTRA A CORRUPÇÃO, MAS DEFENDE LULA.

(Imagem das redes sociais)

O assunto do protesto que houve em Cametá envolvendo uma jovem e o ministro Helder Barbalho tem tomado grandes proporções gigantescas ultimamente nas redes sociais. As mídias sociais estão repletas de revoltas contra os políticos em geral e afirmações extremas sobre os mesmos, o ódio contra a corrupção que afeta a população é mais do que aceitável, é necessário. As páginas no facebook se vê pessoas que aplaudem e criticam o ato da jovem.

Quando a população se sente uma vítima inocente da corrupção e descaso egoísta, e ignora sua colaboração direta para a proliferação dos mesmos. Ninguém é inocente. E os políticos são um reflexo da sociedade que eles representam. Ana Paula não representa Cametá, a jovem não representa a luta contra a corrupção, ela não passa de uma jovem que acredita em uma ideologia politica. Ela é mais uma militante de Lula e da CUT, seu protesto foi a favor de seu grupo que não esta mais no poder, pois se ela fosse contra a corrupção teria também protestado quando o PT faliu o Brasil.

Nada pode ser mais vazio e demagógico do que se colocar fortemente contra algo… que ninguém é a favor! Como a corrupção. Até o PT, PSDB, PMDB, PP, PRB, PTB, PSD, todos vão dizer que são contra a corrupção.

A jovem que protestou contra a corrupção em Cametá, jogando um ovo no ministro Helder Barbalho, não protestou de fato contra a corrupção, protestou pela sua ideologia, por seu partido que não está no poder, ela acredita na inocência de Lula? O grupo que ela milita não está isento da pratica de corrupção, pelo contrario o PT e a CUT estão envolvidos em escândalos milionários.
Na prática, o que quer dizer ser contra a corrupção, afinal? Existe algum grupo, partido, organização pró-corrupção? Que ações concretas isso implica – além da pura retórica vazia?

Muitas pessoas que marcham contra a corrupção via de regra são as mesmas que se dizem apolíticas e que fazem desabafos como:
"Sou apenas um indivíduo livre, não tenho raça, não sou afiliado a partido, não tenho ideologia, não me meto em política! Quero só ficar aqui quietinho no meu canto, trabalhando duro, cuidando da minha família, viajando, curtindo meus livros, sendo feliz! E quero que esses políticos corruptos parem de roubar, claro!"

Filosoficamente não existe ninguém neutro, todos temos influencias ideológicas, sempre tomaremos partido afirma o filosofo Olavo de Carvalho.

A jovem que se acha revolucionaria não passa de uma jovem idealista que acredita em uma ideologia, o que a o faz acreditar que essa filosofia é a verdadeira.

Ideologia é o conjunto de ideias, saberes, preconceitos, etc, que permite que as pessoas se relacionem com e façam sentido da realidade: são as lentes através das quais percebemos o mundo. Por isso, não faz sentido falar de ideologia como algo necessariamente ruim, ou oposto à "verdade". Não existe verdade a-ideológica: qualquer verdade será sempre apreendida através da ideologia de quem a vê.

A ideologia de se achar sem ideologia é uma das ideologias mais disseminadas em nossa sociedade, especialmente entre as pessoas bem-nascidas de inclinação conservadora, e serve de justificativa para todo tipo de apatia, especialmente da supressão do diálogo político na arena pública. Nesse caso, cometer a enorme redundância de marchar contra algo que todo mundo é contra torna-se apenas mais um sintoma dessa apatia em estado terminal.   

Quando nos perguntamos o porquê de ser praticamente impossível encontrar um candidato com a ficha limpa bem posicionado no Brasil, dificilmente obtemos respostas. O problema em geral está na população.


Sabe aquele dinheiro que você colocou no bolso na época das eleições, sabe aquela conversa que você teve com o politico pedindo emprego em troca de voto não seria corrupção? E o gato de energia que muitos fazem não seria roubo? Ninguém é inocente, somos uma sociedade corrompida, nós somos tão corrupto e egoísta quanto os odiosos políticos que você acusa com tanto ardor.

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