Logo após a decisão do PMDB de sair do governo Dilma, no
começo de 2016, começou a surgir nas redes sociais e na GoebbelsNews, na voz de
Cristiana Lôbo – uma das repórteres mais tendenciosas que já tive o desprazer
de assistir – a história de que “se houver impeachment, o PMDB chegará ao poder
sem o voto popular” ou mesmo que “o PMDB está enxergando a oportunidade de
chegar ao poder sem encarar as urnas”.
A historia relata que Temer foi eleito juntamente com a chapa
do PT, se não fosse o PMDB de Temer o PT nunca ganharia as eleições no Brasil,
pois o PMDB é o peso da balança, o partido é o maior do Brasil. Em 2014 ao
fazer parte do volume de 54.501.118 votos dados à Dilma Rousseff, os mesmos
eleitores deram os 54.501.118 votos a Michel Temer, foi um verdadeiro “Cavalo
de Tróia”. Muitos criticam o atual presidente e dizem que não escolheu Michel
Temer, o acusam de não ter sido eleito pro voto popular ou dizem que “não
sabia”, já que a foto e nome de Temer estavam na tela de votação, logo abaixo
do nome e foto de Dilma Rousseff. Caso ainda possua dúvidas, você pode
consultar o Artigo n° 77 da Constituição Federal, o qual diz em seu caput: “A
eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término
do mandato presidencial vigente”. E é completado pelo parágrafo primeiro, que
diz: “A eleição do Presidente da
República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.“
Temer, aliás, não foi escolhido para ser vice-presidente
da República – em uma coalizão com o Partido dos Trabalhadores (PT) que a
esquerda tanto defende – O PMDB foi um dos principais responsáveis pela eleição
(e posterior reeleição) da própria Dilma Rousseff, na medida em que é o partido
que possui, disparado, a maior capilaridade no país – foram 1024 prefeitos
eleitos pelo PMDB em 2012, contra 702 do PSDB, 635 do PT, 497 do PSD e 469 do
PP. Tendo a máquina pmdbista ao seu lado, o PT pode fazer campanha em todos os
cantos do país tendo como base os prefeitos do PMDB, o que certamente foi um
dos fatores determinantes para Dilma Rousseff ter sido eleita em 2010 e
posteriormente reeleita em 2014.
Ao sair do governo de Dilma Rousseff, o PMDB não apenas
acreditava que haveria impeachment – o que realmente ocorreu – como que
seria capaz de aumentar seu poder nos municípios rumo a 2018. Com a
delação premiada da JBS que implica Temer diretamente, todo esse panorama
mudou, e hoje o mais provável é que o Congresso siga a Constituição.
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