No novo depoimento, Julio Camargo afirma que tinha meios de dar
suporte financeiro à Petrobras, mas em contrapartida a estatal deveria
celebrar contrato com um consórcio do qual a Toyo fazia parte. Diante da
sinalização de mudança da Petrobras desse modelo de negócio, o
executivo teria buscado ajuda de Dirceu. O ex-ministro disse, segundo o
relato de Camargo, "ter feito gestão junto a Gabrielli no sentido de
entender por qual razão a Petrobras havia mudado a sistemática".
Ele declara que doou valores ao PT, mas destaca que nunca ofereceu
vantagens "devidas ou indevidas" a José Dirceu. O executivo lembra ter
dado apenas um uísque e um vinho ao ex-ministro, o último como presente
em um aniversário. Apesar disso, Camargo diz ter autorizado viagens de
Dirceu em seu avião em "várias oportunidades", mas não se lembra de o
petista ter feito menção a ninguém da Petrobras nas viagens.
O advogado de José Dirceu nas investigações relativas à Lava Jato,
Roberto Podval, afirmou que o depoimento de Camargo aponta que nenhum
negócio foi firmado. Podval diz ainda "não ver ilicitude" no caso, uma
vez que Dirceu não estava mais no governo e possui empresa de
consultoria.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil
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